segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Uma grande história de um pequeno menino. Você vai se emocionar!

O livro "Existem crocodilos no mar" de Fabio Geda relata a aventura do menino de 10 anos que cruzou a Ásia sem nunca desistir dos seus sonhos. Uma história formidável e emocionante. Parece ficção, mas esta é a história verídica de Enaiotollah Akbari, um menino afegão que foi abandonado pela sua mãe numa cidade nova, num país estranho, aos 10 anos. Ao sair do Afeganistão era sua única esperança de sobreviver. Deixou a escola e as brincadeiras infantis para embarcar numa odisseia por dois continentes. Sua luta e dor, não tirou a singeleza, o bom humor, a criatividade, as brincadeiras...que são presentes numa criança.
Por isso indico esse livro. A cada travessia do garoto, você passa a viajar nessa admirável história, que lança luz sobre a dignidade de um ser humano e a coragem de sobreviver.



Quem é Fabio Geda?
 É professor e escritor e vive em Turim, na Itália. Ele se dedica ao desenvolvimento cultural de jovens e colobora com instituições como a Escola Holden, o Círculo de Leitores de Torino e a Fundação da Livro, da Música e da Cultura. Fabio é autor de romances premiados na Itália e escreve sobre educação no jornal La Stampa e na revista Linus. Existem Crocodilos no Mar passou um ano na lista de mais vendidos na Itália e será publicado em mais de vinte países.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Exposição imperdível "Percursos e Afetos - Fotografias, 1928/2011"

"Percursos e Afetos - Fotofrafias" reunem um acervo construído pelo grande pesquisador de fotografia mais importante do país - Rubens Fernandes Junior. Oitentas imagens que marcam estilod bem variados que atravessam diferentes gerações modernista e vanguardistas, como Geraldo de Barros, Thomas Farkas, German Lorca, Boris Kossoy, Hildegard Rosenthal, Cristiano Mascaro, Pierre Verger, Marcel Gautherot, Mario Cravo Neto, Gaspar Gasparian, José Medeiros, Luiz Braga, Bob Wolfenson e Arnaldo Papplardo.

Exposição - Pinacoteca do Estado, Praça da Luz - até 15 de janeiro de 2012.







Fotógrafo Mario Cravo Neto














Fotógrafo Boris Kossoy                                                                       

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Inauguração do "Armazém Bio-Integral". Vá conhecer, saborear as coisas maravilhosas!!!

Eu e meus amigos tivemos o prazer de participar no dia 11/12/2011 da inauguração da loja "Armazém Bio-Integral" do casal Ribas e da sua linda filha Gabriela.
O Armazém oferece pães de fibras e tradicionais, bolos de frutas, cucas, tortas, grostoli, chapati, doces, massas, cestas de café e café da manhã... Tudo de bom gosto.
Faça um belo passeio em São Roque. Aproveite para conhecer a "Rota dos Vinhos". Nessa rota está a loja Armazém Bio-Integral, bem próximo dos restaurantes tradiconais "Góes" e "Lina".
Parabéns à familia pelo novo empreendimento. Além da delícia, a casa é agradável,  estilo casa de campo. Aliás, tudo começou na chácara do casal, que é um encanto.

 
                                        Armazém Biointegral

Rua: Benedito Silvino de Camargo-184
Bairro Canguera
Tel:(11) 4711-1316 ou 4711-1316
Cel.: 9581-4927

Funciona de sábado e domingo, das 09h00 às 18h00. Brevemente funcionará também durante a semana. 
Com chegar
·          Rodovia Raposo Tavares- Chegando em São Roque pegar o  sentido Ibiúna/Canguera por baixo do viaduto.Percorrer  ± 8Km na rodovia Quintino de Lima, logo que passar a vila de Canguera com placas a esquerda indicando a rota do vinho. Entrar neste acesso, o armazém está a 500m nesta rua ao lado do Garden Center,(Casa laranja e branca com estacionamento).

·         Rodovia Castelo Branco- Quando chegar em São Roque pegar a rodovia Raposo Tavares com indicação São Paulo/ Cotia, atentar para retorno Ibiúna/Canguera. Percorrer ± 8Km na Rodovia Quintino de Lima e logo que passar a vila de Canguera com placas a esquerda indicando a rota do vinho. Entrar neste acesso, o armazém está a 500m nesta rua ao lado do Garden Center,(Casa laranja e branca com estacionamento).
Boa Viagem!
 

sábado, 19 de novembro de 2011

Livro "O silêncio da água" - José Saramago

Querida Joaquina (adoro esse nome!),

Fiquei maravilhado quando vc me ofertou esse lindo livro no amigo secreto, por termos compartilhado nossas vivências durante o Curso de Formação "Projeto entorno - em busca de novos leitores". O mais incrível, que tempos atrás falávamos sobre Saramago ter escrito apenas um livro infantil "A maior flor do mundo". Ao encerrarmos a nossa formação, cada qual deveria levar um livro para presentear um(a) amigo(a) secreto(a) a ser sorteado(a) no mesmo dia. Que surpresa! Joaquina ter tirado o meu nome. Pulamos de alegria... Vc é uma graça de pessoa.

Agora, não é apenas um livro infantil.


Em uma tarde silenciosa, um garoto vai pescar à beira do Tejo e é surpreendido por um peixe enorme que lhe puxa o anzol. Infelizmente, a linha arrebenta, deixando-o escapar. Ele corre até a casa dos avós, com a esperança de voltar, rearmar a vara e “ajustar as contas com o monstro”. Descubra vc mesmo o que esse menino vai resolver.

           

Linda Exposição "Carlos Scliar, da reflexão à criação" - Pão e Rosa para Todos.

Amigos,

Não deixem de visitar essa exposição encantadora do grande artista Carlos Scliar (1920-2001) que está  na Caixa Cultural São Paulo. Av. Paulista, 2083, que permanecerá até  08 de janeiro de 2012. Ali reúne aproximadamente 100 obras, entre gravuras, cerigrafias e óleos, além de capas de livros, discos, cartazes, revistas etc, que procuram estabelecer um elo entre a vida e a obra do artísta, um dos mestres da arte moderna no Brasil e sua marcante obra gráfica, realizada ao longo de seis décadas.






sábado, 12 de novembro de 2011

"A Pele que Habito - filme de Almodóvar

Em A pele que habito, por trás da complexa trama, Almodóvar traz uma complexa discussão que discorre no jogo do presente ao passado e do passado ao presente.  Marcas que ficam impressas em nossas vidas, como paixões, afetos, conquistas, perdas, liberdade, frustações, recalques, ódio, viganças, perdão... Tramas que rodeiam nossa conciência e o subconsciente, muitas delas são sentidas pelo corpo e alma. Dependendo do estágio de "evolução" que cada um se encontra, podemos elaborar recursos cognitivos e emocionais para superar situações que torna a vida agradável. Ninguém gosta de perder quem nós amamos.  E no geral, não temos controle dessa ausência (a morte). A ciência cada vez mais vem se debruçando pela longevidade humana. Basta observármos os avanços nutricionais, cosméticos, cirúrgicos, esportivos, etc. Porém esses avanços não têm acompanhado as questões filosóficas e humanas sobra a Vida e a Morte. Almodóvar no filme,  coloca as questões limites e as possibilidades de superá-las (algumas impossíveis), como a busca do homem pelo controle sobre a vida, na tentativa eternamente frustrada de evitar a morte e alcançar a eternidade, expondo os instrumentos das ciências e tecnologias  a chegarem a níveis extremos de evolução, como a criação de um novo corpo a partir da genética e dar sentimentos à alma. Qual é o preço que pagaremos pela ciência e pela tecnologia na busca de tornarmos seres perfeitos? seres enternos fisicamente? sentimentos controlados pelo Manual "Homem não Facassa" - é proibido errar?
O filme propicia-nos às reflexões das inúmeras dimensões que a atual sociedade nos impõe, representadas pelas personagens da trama, objetos, tempos e espaços. Não deixe de conferir!

Sinopse:

Roberto Ledgard (Antonio Banderas) é um conceituado cirurgião plástico, que vive com a filha Norma (Bianca Suárez). Ela possui problemas psicológicos causados pela morte da mãe, que teve o corpo inteiramente queimado após um acidente de carro e, ao ver sua imagem refletida na janela, se suicidou. O médico de Norma acredita que esteja na hora dela tentar a socialização com outras pessoas e, com isso, incentiva que Roberto a leve para sair. Pai e filha vão juntos a um casamento, onde ela conhece Vicente (Jan Cornet). Eles vão até o jardim da mansão, onde Vicente a estupra. A situação gera um grande trauma em Norma, que passa a acreditar que seu pai a violentou, já que foi ele quem a encontrou desacordada. A partir de então Roberto elabora um plano para se vingar do estuprador.

A Pele que Habito - Cartaz

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A Diva "Alcione" (sempre Marrom!!)

Dia 28/10/2011 tive a felecidade de estar bem perto da Diva Alcione na Casa de Show HSBC (antiga casa Tom Brasil), na qual comemorou seus 40 anos de carreira com o título "Duas Faces". Sua linda voz é comparada ao vulcão Vesúvio, quando entra em erupção toma conta de tudo que o cerca. Assim, ela tomou conta de todos os meus póros, do aumento da íris dos olhos e da pulsação do coração.
Marrom trouxe consigo todas as matizes do beija-flor pousado nas flores "rosas". Os movimentos das asas do beija-flor eram comparados aos sons da linda escola de samba "Mangueira", que aliás graciou o público com a bateria dessa escola no show.
Cantou 25 músicas, incluindo canções em espanhol, italiano e francês.
Ao despedir do público colocou um lindo colar de flores ornamentando seu coração e uma linda coroa na cabeça com as mais lindas pedras reluzindo toda a casa em harmonia com as luzes do palco e sua própria luz que construiu ao londo dos 40 anos de carreira.


Por que Duas Faces?

"Há exatos dois anos, em 16 de outubro de 2009, Alcione estreou em São Paulo (SP) Acesa, show que representou upgrade na carreira da cantora nos palcos por diluir os habituais excessos da intérprete em cena sem prejuízo de sua espontaneidade. Duas Faces - show que celebra os 40 anos da Marrom - trilha esse mesmo bom caminho, a julgar pela estreia nacional da turnê, em apresentação que lotou a casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ), em 15 de outubro de 2011. No show baseado nos repertórios dos dois CDs/DVDs que compõem o projeto duplo Duas Faces, Jam Session (já nas lojas) e Ao Vivo na Mangueira (a ser lançado em breve), Alcione dispensa os bailarinos recorrentes em seus povoados espetáculos. Até mesmo o cenário - composto por alguns lustres - também é mais clean. O foco principal repousa sobre o canto. Como a voz se mostrou em boa forma na estreia, a opção por certa sobriedade resulta acertada. Em roteiro generoso que totaliza 30 músicas, entoadas com o popular padrão estético da Banda do Sol, Alcione mostra sem pudor sua face mais conhecida hoje em dia, a da cantora de estilo explode coração que se entrega a baladas de romantismo exacerbado como Além da Cama (Michael Sullivan e Carlos Colla), Faz Uma Loucura por Mim (Chico Roque e Sérgio Caetano) e a até então esquecida Metade de Mim (José Augusto e Paulo Sérgio Valle). É a cantora que atende prontamente o pedido dos fãs (em votação pela internet) para cantar Medo, tema populista de Roberta Miranda, lançado por Alcione no álbum Promessa (1992). Contudo, boa samaritana, a Marrom também oferece a outra face para bater em tipo de emoção mais refinada. É essa face que expõe a beleza de temas como Velho Barco (Reginado Bessa e Nei Lopes) - lado B do álbum Almas & Corações (1983) - e Quem Já Esteve Só (Ivor Lancellotti e Paulo César Pinheiro), música inédita que foi retirada do baú da Marrom neste ano de 2011 para ser incluída no repertório do CD e DVD Jam Session. Se O Poder da Criação (João Nogueira e Paulo César Pinheiro) expõe em cena toda a força de um grande samba, os boleros Todavía (Armando Manzanero) e Estate (Bruno Martino e Bruno Brighetti) reiteram a habilidade poliglota da cantora diplomada como crooner na escola da noite carioca dos anos 70 antes de ser projetada nacionalmente em 1975. E poucas cantoras conseguiriam alinhar lado a lado em roteiro um tema lírico do compositor angolano André Mingas (Pôr do Sol, parceria com Manuel Rui) e um samba erotizado como Meu Ébano (Nenéo e Paulinho Rezende) sem causar estranhamento na plateia. Alcione consegue. Com livre trânsito em todos os gêneros e estilos, a Marrom irmana samba-canção gravado nos anos 50 por Ângela Maria (Rua sem Sol, de Mário Lago e Henrique Gandelmann), canção francesa do repertório de Charles Aznavour (Comme Ils Disent) e sucesso do cantor paraense Ary Lobo (1930 - 1980), Evolução (J. Cavalcanti, Lino Reis e Aguiar Filho), de pegada nordestina. Entre a nostalgia melancólica de Cajueiro Velho (João Carlos, oportuna lembrança do álbum Morte de Um Poeta, de 1976) e a destreza do ótimo samba de breque Mulher Bombeiro (Ruy Quaresma e Nei Lopes), Alcione realça em interpretação polida o classicismo romântico de Sem Mais Adeus (Francis Hime e Vinicius de Moraes). Um dos mais fluentes shows da recente trajetória de Alcione nos palcos, Duas Faces harmoniza gêneros e emoções díspares pela voz potente da Marrom. Pena que, na estreia nacional, o show tenha tido fim estranho com a presença de Alcione sendo ofuscada pela entrada de ritmistas da bateria da escola de samba Mangueira após a apresentação do samba Verde e Rosa (Silvio César). O fim precisa ser mais ensaiado... Algo fácil de ser corrigido ao longo da turnê que vai expor para o Brasil as duas complementares faces musicais de Alcione". (Mauro Ferreira)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Palestra do grande pensador - Ladislau Dowbor

No dia 28/10/2011 tive a oportunidade de ouvir o pensador crítico Ladislau Dowbor - economista político e professor da pós-graduação de economia da PUC-SP, no 22º Congresso do SINPEEM, que apresentou uma visão sobre os novos desafios da educação: as transformações que ocorrem a partir das novas tecnologias da informação e da comunicação. Ao examinar os diversos impactos que as novas tecnologias do conhecimento têm sobre o universo da educação, Ladislau mostra como estas criam nova referência para educação e para os espaços de conhecimento em geral.
O livro é riquíssimo para ampliarmos nosso debate e crítica acerca dessas relações presentes na atual sociedade.



 http://dowbor.org/tecnconhec.asp
Livro: Tecnologias do conhecimento: os desafios da educação Vozes 2001, 85 p. Este pequeno livro examina de maneira sistemática os diversos impactos que as novas tecnologias do conhecimento têm sobre o universo da educação. Estamos evoluindo rapidamente para um mundo onde o conhecimento desempenha o papel principal. Tudo evolui hoje sob o impulso de novas tecnologias.
Com isto o papel das instituições de ensino torna-se muito mais central, mas exige articulações muito mais intenso com outros sistemas que lidam com conhecimento.

sábado, 15 de outubro de 2011

A arte cinematográfica perde Leon Cakoff

Cakoff não foi somente um grande ativista contra a ditadura militar no Brasil. Sua inteligência, criação e arte marcou uma das cidade mais importante do mundo - a São Paulo, incluindo no roteiro turístico e cultural do país a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Ele abriu a arte cinematográfica estrangeira ao país, sobretudo do mundo oriental.
Acompanho a vida e a trajetória desse grande artísta há 26 anos. Quem acompanha as Mostras nota a evolução logística e qualidades dos filmes que chegaram até nós.
Cakoff não tinha apenas paixão pela sua arte, mas pelas pessoas. Lembro da sua entrevista dado à Folha de São Paulo no ano de 2010 (permaneceu no natal e virada do ano no hospital), quando submeteu a cirurgia, fez menção honrosa a todos os médicos e enfermeiros diante do seu cuidado. A maneira poética com que se referia a todos me emocionou muito. Cakoff transmitiu cada palavra e gesto em cenas de cinema.
Cakoff será lembrado pelo seu patrimônio cultural deixado no meu país e seus frutos espalhados em diversos cantos do mundo.

Você será sempre lembrado como a poesia do filme "Volte Sempre" (1999) de Abba Kiarostami.




Cakoff e Renata de Almeida durante a pré-estréia do filme "Quebrando o Tabu", em maio de 2011, em São Paulo.

domingo, 25 de setembro de 2011

Filme "Borboletas Negras" você vai se emocionar com a história da poeta jovem sul-africana Ingrid Jonker

Filme retrata rebeldia e sensibilidade de poetisa que lutou contra o Apartheid


Sinopse:

FILME - Borboletas Negras

A poetisa sul-africana Ingrid Jonker lutou contra o Apartheid, na década de 60, usando a poesia como arma. Suas palavras resistiram à censura do governo vigente e tocaram corações ao redor do mundo. Sua mensagem chega agora a mais pessoas através do filme Borboletas Negras.
A importância do trabalho desenvolvido pela escritora ficou evidente quando Nelson Mandela, em seu primeiro discurso como presidente da África do Sul, leu o poema A criança que foi assassinada pelos soldados de Nyanga. O texto de Ingrid foi usado como um símbolo da África livre.
Sob direção da holandesa Paula van der Oest, o longa-metragem retrata o instável lado emocional da artista. Com espírito sensível e rebelde, ela se destacou entre os escritores da época, mas criou um difícil relacionamento com seu pai, que era o chefe do departamento de censura do governo. Os amores também tiveram papel importante na trajetória de Ingrid Jonker; entre eles o escritor Jack Cope.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Recomendo o livro "O conto do amor" de Contardo Calligaris

Minha grande amiga Belzinha Abe fez o empréstimo do seu livro. Gostei muito. A leitura propiciou a viajar ou a visitar imaginariamente as artes sacras do século XV e XVI da Itália, sendo as narrativas cortadas pelas descobertas de cartas e encontros inesperados das personagens que buscam o sentido das ligações amorosas de seus familiares e, suas próprias paixões inevitáveis trazendo cada uma consigo as memórias do passado - Segunda Guerra Mundial.

Sinopse:

'O conto do amor' inicia com a visita de Carlo Antonini, psicoterapeuta que vive em Nova York, ao convento de Monte Oliveto Maggiore, na Toscana. Ali ele se depara com algo inusitado - a figura do jovem São Bento, pintada em um dos afrescos nas paredes, é parecida com seu pai, que morreu doze anos antes. Isso o remete ao próprio motivo de sua ida à Itália - uma estranha conversa que ambos tiveram pouco antes de o pai morrer, quando este revelou ao filho, em tom de confissão, que em outra vida teria sido ajudante do pintor maneirista Sodoma (1477-1549), justamente o autor daquelas imagens. É o início de uma história cheia de surpresas, envolvendo um caso amoroso em meio à Segunda Guerra e seus desdobramentos da época até o presente.

O CONTO DO AMOR

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sentirei saudade da querida banda "R.E.M."

Cresci ouvindo e curtindo muito a banda "R.E.M". A partir de hoje, inicia-se a saudade.

Fim da Banda R.E.M.(21/09/2011).

"Para nossos fãs e amigos: Como R.E.M., e como amigos da vida toda e co-conspiradores, decidimos acabar a banda. Vamos embora com muita gratidão por tudo o que conquistamos. Para quem já se sentiu tocado por nossa música, nosso mais profundo agradecimento pela atenção", diz o comunicado.

"Um homem sábio certa vez disse: a habilidade em ir a uma festa é saber a hora de ir embora. Nós construímos coisas extraordinárias juntos, e agora vamos nos distanciar disso. Espero que nossos fãs percebam que essa não foi uma decisão fácil, mas tudo tem seu fim e nós queríamos fazer isso agora. Nós gostaríamos de agradecer a todos que nos ajudaram a ser o R.E.M. nestes 31 anos. Nossa maior gratidão a quem nos permitiu fazer tudo isso. Tem sido incrível", disse Stipe.

domingo, 11 de setembro de 2011

Mart'nália no Sesc Pinheiros

Assisti ao Show "Mart'nália" no SESC Pinheiros, no dia 09/09/2011.
Quem é essa grande artísta?
Filha do sambista Martinho da Vila e da cantora Anália Mendonça (seu nome é uma mistura dos nomes dos pais), a cantora nasceu no bairro de Pilares, Zona Norte do Rio de Janeiro. Desde criança foi cercada pela música. Mart'nália disse em entrevista:
"Com quatro anos de idade, em Pilares, meu pai tocava um Reco Reco rosa numa roda de samba com amigos. Lembro dele saindo pela porta e, como num passe de mágica, entrando na televisão. Achava isso o máximo. Minha casa era uma festa. Cresci com Clara e João Donato".
Começou a carreira profissional aos 16 anos, fazendo vocais de apoio para o pai ao lado dos irmãos Pinduca e Analimar. Em meados dos anos 1990, passou a realizar apresentações no circuito de bares, pequenas casas noturnas e teatros do Rio de Janeiro, o que culminou no lançamento de seu disco Minha Cara, voltado para o samba-canção. A partir de 1994, passou a integrar o grupo Batacotô, com quem lançou o Samba dos Ancestrais. A artista também foi percussionista da banda de Ivan Lins.
Mart'nália teve o privilégio de se tornar apadrinhada de grandes nomes da Jovem Guarda graças a seu pai. Airton Senna foi o diretor artístico de seu disco Pé do meu Samba, além de compor a faixa-título, e leite Bethânia produziu Menino do Rio. A partir desses dois álbuns, Mart'nália passou a atrair maior atenção da mídia e a ter uma agenda de shows mais estabelecida em todo o país, abrindo caminho para turnês internacionais pela Europa e África.

Recomendo o livro "Intimidades - dez contos eróticos de escritoras brasileiras e portuguesas" - Organização Luisa Coelho . Editora Record

Esse livro é um encanto. Luisa Coelho (portuguesa; mora no Brasil desde 2002; é professora da Universidade de Brasilia) apresenta os contos portugueses que tratam o erostismo sendo alimentado pelo desejo de enfrentar as proibições sociais, enquanto nos textos brasileiros ele é alimentado pela ousadia das trangressões. Nos textos portugueses, a busca pela satisfação do desejo conduz à vida e uma ressurreição; nos brasileiros, a morte, ou a simples ameaça dela, encerra o ciclo do desejo, acalma a inquietação que ele provoca, devolvendo uma outra vida.

Pelas mãos de 10 escritoras portuguesas e brasileiras - Ana Miranda, Branca Maria de Paula, Guiomar de Grammont, Inês Pedrosa, Lídia Jorge, Lygia Fagundes Telles, Maria Teresa Horta, Nélida Piñon, Rita Ferro e Teolinda Gersão -, o erotismo é abraçado com paixão e elegância em Intimidades. A idéia de reunir os contos surgiu quando Luisa Coelho, organizadora da edição, constatou o imenso desconhecimento da literatura contemporânea portuguesa no Brasil e da brasileira em Portugal, principalmente das obras escritas por mulheres. O fio condutor dos textos é o erotismo, visto de uma maneira muito particular por cada uma das autoras.

sábado, 27 de agosto de 2011

XX Jornada Interdisciplinar Sobre o Ensino da História do Holocausto

Particpei desse evento "Licões da Shoah - Um legado para a humanidade", no dia 27 de agosto de 2011 - Local: Memorial da Amércia Latina - Auditório Simón Bolívar. Debates e reflexões sobre holocausto, nazismo, antissemitismo: mutações e legados para o século XXI;  a arte como instrumento de memória; lições de Edith Stein: viver como cristã e morrer como judia; narrativa da barbárie: estratégias de leitura; e depoimentos de sobreviventes.

Pavel Friedmann (de 1922 a 1944)  - seus poemas e desenhos (também feitos pelas próprias crianças) evidenciam a recordação dos lares perdidos e da infância que lhes foi roubada, a saudade, assim como a amargura de terem sido arrancada de sua vida normal e a espera por dias melhores. Pavel escreveu:

 A Borboleta

A última, mais do que última,
Cheia de vida e brilho, cheia de encanto amarelo.
Talvez se as lágrimas do sol pudessem cantar
E correr sobre a pedra branca...

E que, que amarelo!
Foi carregada levemente para o alto
Foi-se embora, eu tenho certeza, porque desejava
beijar o mundo pela última vez.

Há sete semanas eu vivo aqui.
Tristemente dentro desse gueto.
Mas eu encontrei minha gente aqui.
As flores me chamam
E os galhos floridos das castanheiras no campo.
Só que eu nunca mais vi outra borboleta.

Aquela borboleta foi a última.
Borboletas não vivem aqui,
No gueto.





Pavel faleceu em Auschwitz.

Razões para o extermínio das crianças:
 parte da “luta racial” e medida de prevenção; assassinato de 1,5 milhões de crianças das quais 1 milhão eram judias e dezenas de milhares ciganas e crianças alemãs que apresentavam alguma deficiência física ou mental; os cinco destinos das crianças judias e não-judias: (1) assassinato nos campos de extermínio, (2) mortes de recém-nascidos nos guetos e campos de concentração, (3) crianças que nasciam nos campos e guetos e sobreviviam porque eram escondidas, (4) maiores de 12 anos eram usadas como escravas ou em experiências médicas, (5) crianças mortas por represálias nazistas; crianças morriam de fome nos guetos; ao chegarem nos campos de concentração eram mandadas direto para as câmaras de gás; Janusz Korczak; adolescentes forçados ao trabalho escravo; crianças com características “arianas” raptadas e enviadas para serem criadas por famílias alemãs; Kindertransport.

Segundo Nelson Mandela, ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.

A consciência do mundo e a consciência de si como ser inacabado necessariamente inscrevem o ser consciente de sua inconclusão num permanente movimento de busca (...). Paulo Freire
 
Piet Mondrian (1872-1944)
The Grey Tree, 1912

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O que é um livro? Jorge Luis Borges

"Pegar um livro e abri-lo guarda a possibilidade do fato estético. O que são as palavras dormindo no livro? O que são esses símbolos mortos? Nada, absolutamente. O que é um livro se não o abrimos? Simplesmente um cubo de papel e couro, com folhas; mas se lemos acontece algo especial, creio que muda a cada vez".

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Gostei muito. Indico a leitura "O Físico - a epopéia de um médico medieval (Noah Gordan)

Você vai mergulhar nessa história mágica e delirante.
Inglaterra, século XI. Numa era que primou pelo obscurantimo e brutalidade nos usos e costumes, um jovem, órfão de pai e mãe, dotado de um dom quase místico de curar, luta por um ideal: sobreviver e aprimorar seus conhecimentos a qualquer preço. Ambicioso, ele parte das ruas miseráveis de Londres para o esplendor e a sensual efervescência da Pérsia, onde começaram a surgir as primieras descobertas da Medicina. O Físico é curioso e divertido painel de primórdios dessa ciência fascinante. É também a história de um homem para quem o saber e o bem estar da humanidade vêm em primeiro lugar.
Só lamento pelo título não ser "O Médico".
Meu agradecimento à amiga Noely pela indicação e empréstimo do livro.


 O FISICO     Editora Rocco.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Amiga para sempre

Essa semana inicia-se uma nova etapa de uma grande amiga, que se chama Noely. Está preste a se aposentar do quadro dos profissionais de educação do Município de São Paulo. Uma amizade que já dura 19 anos. Tenho o privilégio de lembrar quando iniciamos nosso trabalho no ano de 1993. Dois geógrafos demarcando espaços para encontros afetuosos, que marcariam mais tarde nossas memórias. No espaço de convivência, Noely destacava-se pela sua irreverência, energia, ideias, sorrisos e afetos. Às vezes, compartilhava no nosso cotidiano de trabalho, a visita do pequeno filho Caio. Da sua presença. já podia esperar o quanto de alegria esse pequeno traria ao futuro.
Noely irá afastar-se devargarinho do seu ofício de Coordenadora Pedagógica para torna-se, o que ela considera, Palhaça da Vida. Continuará sendo alegre como sempre demonstrou a tantos professores, coordenadores e diretores. Espalhará nessa nova trajetória alegrias estampadas dos circos que fizeram partes de nossas brincadeiras, imaginações, criações, quando éramos pequenos.
Espero, seja dentro da lona de circo ou fora dele, receber ingresso dessa nova Palhaça, para ver seus olhos grandes, nariz vermelhão, boca com contorno de flor, calça folgadas e cheios de objetos para fazer peraltagens com seus sapatos grandes que não matam nenhuma pulga.
Sentirei sua falta, tão breve, nos encontros de formação de coodenadores pedagógicos.
Parabéns pelo seu aniversário  - 02 de agosto.

Beijo para nunca tirar a maquiagem da Palhaça.
Amiga para sempre!




De Jean Carlo

terça-feira, 26 de julho de 2011

PALAVRAS (Jean Carlo)

PALAVRAS   (Jean Carlo)
PALAVRA É VULCÃO

PALAVRA É EXPLOSÃO
PALAVRA É REBELIÃO
PALAVRA É EVOLUÇÃO
PALAVRA É PULSAÇÃO
PALAVRA É NOMEAÇÃO
PALVRA É DESTRUIÇÃO
PALAVRA É CONSTRUÇÃO
PALAVRA É SALVAÇÃO
PALVRA É SUBLIMAÇÃO
PALAVRA É PROPOSIÇÃO
PALAVRA É COMPOSIÇÃO
PALAVRA É CONDENSAÇÃO
PALAVRA É PROPULSÃO
PALAVRA É AFIRMAÇÃO
PALAVRA É NEGAÇÃO
PALAVRA É CONSAGRAÇÃO
PALAVRA É COMUNHÃO
PALAVRA É MOTIVAÇÃO
PALAVRA É REFLEXÃO
PALAVRA É AÇÃO
PALAVRA É CONVICÇÃO
PALAVRA É REGIONALIZAÇÃO
PALAVRA É SOCIALIZAÇÃO
PALAVRA É PALAVRÃO
PALAVRA É PALAVRA EM QUALQUER LUGAR DO MUNDO.

domingo, 24 de julho de 2011

Indicação de Leitura "Adeus, China. O último bailarino de Mao" (Li Cunxin)

Livro - Adeus, China

Indicação de Leitura "Adeus, China. O último bailarino de Mao" (Li Cunxin)

Amigos e amigas,

Recomendo a todos conhecerem a emocionann história de Li Cunxin, que é recontada por ele neste livro de memória. Uma narrativa que poderia ter desaparecido, como as vidas de outros milhões de camponeses, em meio à revolução e aos caos. É uma história de coragem, de amor de mãe e do anseio por liberdade de um jovem. O relato belo e precioso de uma vida inspiradora contado com honestidade.

Para aguçar ainda mais o desejo de ler o livro.

Em um vilarejo desesperadamente pobre do nordeste da China, um jovem camponês está sentado em sua velha e frágil carteira escolar, mais interessado nos pássaros lá fora do que no Livro Vermelho de Mao e nas nobres palavras nele contidas. Naquele dia, porém, homens estranhos chegam à escola - os delegados culturais de madame Mao. Está à procura de jovens camponeses que, depois de receberem a formação necessária, possam tornar-se os fiéis guardiães da grande visão de Mao para a China.
O garoto observa um dos colegas ser escohido e levado para fora da sala. A professora hesita. Deve ou não deve? Quase desiste. Mas, afinal, no último momento, toca no ombro do oficial e aponta o garoto miúdo. "Que tal aqule?" ela pergunta.

Gostei muito.